Presidente do Sindicato de Várzea Grande, Antônio Soares Lima.
Antônio Soares Lima, Presidente
do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Várzea Grande, município distante 211
km de Teresina, denuncia que programas do Governo Federal que fornecem linha de
crédito para salvar o pequeno produtor rural da estiagem, estão sendo desviados
de sua função, principalmente, nos municípios mais distantes da capital. O presidente
afirma que os repasses federais não chegam completamente nas mãos dos destinatários
finais que são os produtores. Os recursos no seu entender se mostram como
paliativos insuficientes para resolver o problema.
“Se liberam esses recursos lá de
cima, daqui que chegue ao trabalhador rural leva um bom tempo... E alguns deles
[trabalhadores] nem conseguir [os recursos], não conseguem. Agora, de onde fica
empacado [o dinheiro] isso daí eu não sei, porque a demora é muita”, denuncia
Antônio Lima.
O presidente do sindicado rural fala
também que sua região é uma das menos beneficiadas de todo o estado com os programas federais. “Existe uma pequena parcela que recebe o que
considero os programas base do governo que são o Cartão-Cidadão, Bolsa-Escola,
e Bolsa-Família. Até esses programas chegam às mãos de pessoas que nem se enquadram
nas necessidades para receber os benefícios, enquanto as que realmente precisam
ficam sem receber. No meu ponto de vista, os recursos estão sendo repassados de
forma errada, pois as diferenças entre os que recebem e os que deixam de receber são
incalculáveis.”
Antonio Lima afirma que esses
tipos de desvios de finalidade dos programas acontecem em todos os municípios do
Piauí. O assunto é recorrente em pautas de reuniões realizadas nas sedes dos
sindicatos da categoria.
Para reivindicar a correta
aplicação e o aumento dos repasses federais de programas rurais que fornecem linhas
de crédito para salvar o pequeno produtor da estiagem, representantes de
sindicatos rurais dos 224 municípios existentes no Piauí encampam as
manifestações “O Grito da Terra” na manhã desta terça-feira, 20, na Praça da Liberdade
ao lado do Palácio de Karnak. Quase 3 mil pessoas ocupam a praça e participam
do movimento.
Pedro Rodrigues
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